A perda de dentes maxilares posteriores e a subsequente pneumatização do seio maxilar resultam em atrofia do osso alveolar e podem afetar a reabilitação adequada de pacientes com recurso a implantes osseointegrados. As baixas qualidade e quantidade de osso presentes nestas áreas consistem num obstáculo para a inserção de implantes osseointegrados.
A cirurgia para elevação do assoalho do seio maxilar é usada para aumentar e melhorar o rebordo que se encontra insuficiente para inserção de implantes, através da realização de enxertos. Além da técnica descrita por Hilt Tatum onde o seio maxilar é elevado através de uma janela feita pela ostectomia da maxila, temos como opção a elevação atraumática ou Técnica de Summers .
A técnica descrita por Summers em 1990 consiste na elevação do seio maxilar através do próprio acesso para instalação do implante , podendo ser adicionado enxerto particulado ou não após a elevação. No artigo de Jensen “ Report of the Sinus Consensus Conference of 1996” o autor relata a necessidade de uma espessura óssea residual de 7 a 9 mm para o uso da técnica. Os artigos mais recentes, como de Brizuela em 2014, trazem índices de sucesso de 96% para casos com uma espessura óssea residual de 5mm.
A técnica também depende da destreza do cirurgião, mas agiliza o processo cirúrgico e diminui o índice de complicações. Como no caso realizado no curso de especialização em implantodontia da North Pós graduação pelo aluno Gabriel De Nardi. O aluno usou a Técnica de Summers associada a enxerto heterógeno liofilizado particulado para reabilitar a região de primeiro molar superior direito e a paciente aguarda agora o tempo de osteointegração para reabilitação.
Na imagem podemos observar o assoalho do seio maxilar (Vermelho) distando 5mm do rebordo alveolar (Amarelo) e a membrana elevada (Branco) sem rompimento de acordo com os testes trans-operatórios.